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quinta-feira, 18 de abril de 2013

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MICOSE DE UNHA (Onicomicose)


MICOSE DE UNHA (Onicomicose)

 Verão em alta, mar, piscina e muita gente dividindo o mesmo espaço constitui o cenário cobiçado não só por banhistas e turistas do mundo inteiro. Como todo agente infeccioso, os fungos adoram o calor e a umidade e no verão se sentem no paraíso. Mas se engana quem acha que micose só se pega no verão. Abafar pés e mãos pode causar o problema, que embora contagioso, não é adquirido apenas por transmissão, explica a dermatologista, Meire Brasil.

             Onicomicose (tinea unguium), conhecida popularmente como micose de unha, é o nome dado à infecção da unha causada por fungos. Esta é uma infecção comum, acometendo cerca de 10% da população adulta e 20% dos idosos. Em condições favoráveis como ambientes com muita umidade e calor, os fungos se reproduzem rapidamente e podem dar origem a um processo infeccioso que, dependendo do fungo ou da região afetada, pode ser superficial ou profundo.

              Existem cerca de 230 mil tipos de fungos, mas apenas 100 tipos deles causam infecções que podem ser: micoses superficiais (localizam-se na parte externa da pele ao redor dos pêlos ou nas unhas) ou micoses profundas que afetam a profundidade da pele ou subcutâneas (por exemplo: Esporotricose e Cromomicose) e aquelas que se instalam em órgãos internos (por exemplo, Blastomicose, Criptococose). A Onicomicose é um tipo de micose superficial onde o contato com o fungo por si só não costuma ser suficiente para se adquirir a infecção. Geralmente é preciso haver pequenas lesões entre a unha e a pele para que o fungo consiga penetrar por baixo da unha e se alojar. Também é necessário que a unha seja exposta frequentemente a ambientes úmidos para que fungo possa se multiplicar com mais facilidade.


Fatores de risco para onicomicose

A presença de alguns fatores favorece a infecção da unha por fungos. Por exemplo, pacientes com frieira (pé de atleta) têm um maior risco de terem também infecção fúngica das unhas. Outros fatores de risco são:

- Diabetes mellitus.
- Idade avançada.
- HIV
- Uso de drogas imunossupressoras.
- Problemas imunológicos.
- História familiar de onicomicose.
- Psoríase
- Problemas de circulação sanguínea dos membros inferiores.

Atletas também são um grupo de risco para onicomicose. Estes indivíduos costumam estar com os pés frequentemente calçados e úmidos pela transpiração, além de terem uma maior incidência de traumas nas unhas devido ao impacto de suas atividades físicas.

Manifestações clínicas

Existem várias formas de manifestação das onicomicoses. Veja abaixo alguns dos tipos mais frequentes:  

·        Descolamento da borda livre: a unha descola do seu leito, geralmente iniciando pelos cantos e fica ôca. Pode haver acúmulo de material sob a unha. É a forma mais frequente.

·         Espessamento: as unhas aumentam de espessura, ficando endurecidas e grossas. Esta forma, pode se acompanhar de dor e levar ao aspecto de "unha em telha" ou "unha de gavião".

·         Leuconíquia: manchas brancas na superfície da unha.

·         Destruição e deformidades: a unha fica frágil, quebradiça e se quebra nas porções anteriores, ficando deformada.

·         Paroníquia ("unheiro"): o contorno ungueal fica inflamado, dolorido, inchado e avermelhado e, por consequência, altera a formação da unha, que cresce ondulada e com alterações da superfície.
 


Diagnóstico da onicomicose

             As lesões das unhas da onicomicose podem se parecer com as lesões de unha de outras doenças, como psoríase, eczemas, traumas, líquen plano, deficiência de ferro, etc. A maioria dos estudos atesta que a onicomicose é responsável por apenas metade dos casos de lesões dasunhas. Em várias situações não é possível afirmar que o paciente sofre de onicomicose apenas olhando e examinando a unha. Portanto, é importante demonstrar inequivocadamente a presença do fungo antes deve se iniciar o tratamento antifúngico. Para tal, o médico irá fazer uma pequena raspagem da sua unha de forma a colher amostras para avaliação laboratorial à procura de fungos.


Tratamento

Existem métodos rápidos, eficazes e seguros para o tratamento de micose. Mas, apesar de ser um tratamento simples, exige persistência e paciência, porque é um processo demorado. Além disso, as aparências enganam muito nestes casos. Às vezes, o paciente interrompe o tratamento e acha que já está curado porque a região afetada parece recuperada mas, na verdade, ainda não se alcançou a cura total e o tratamento tem que começar novamente. O tratamento pode ser por via oral ou tópico e, dependendo da gravidade do caso, pode ser necessária a combinação dos dois métodos. Os medicamentos utilizados para o tratamento podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Casos mais avançados podem necessitar tratamento via oral, sob a forma de comprimidos. Os sinais de melhora demoram a aparecer, pois dependem do crescimento da unha, que é muito lento. As unhas dos pés podem levar cerca de 12 meses para se renovar totalmente e o tratamento deve ser mantido durante todo este tempo. A persistência é fundamental para o sucesso do tratamento. O tipo de tratamento vai depender da extensão da micose e deve ser determinado por um médico dermatologista.  Evite usar medicamentos indicados por outras pessoas, pois podem mascarar características importantes para o diagnóstico correto da sua micose, dificultando o tratamento.


Prevenção

Alguns procedimentos diminuem o risco de se contrair micoses:

-Sempre use calçados arejados

-Evite andar descalço em pisos úmidos

-Nunca use toalhas compartilhadas, especialmente se estiverem úmidas ou mal lavadas

-Após o banho enxugue-se bem, principalmente nas áreas de dobras, como o espaço entre os dedos dos pés e virilha

-Use sempre roupas íntimas de fibras naturais, como o algodão, pois as fibras sintéticas prejudicam a transpiração

- Evite usar roupas apertadas, que provocam atrito e prejudicam a transpiração  
 


MITOS  x VERDADES

1) O uso de esmaltes não atrapalha o tratamento das micoses


Mito: o esmalte impermeabiliza a unha e dificulta a penetração do medicamento. O ideal é usar esmaltes antimicóticos, pois eles são os mais indicados para cuidar de micoses já que apresentam maior taxa de antifúngicos. "O esmalte comum não é indicado, porque torna o processo de cura mais demorado, já os antimicóticos são excelentes porque tratam o problema com maior eficiência. Mas seu uso deve ser feito apenas sob prescrição médica para evitar alergias ou reações adversas", explica.

2) Lixa de unha transmite micose


Verdade: a miscose é transmissível de diversas maneiras. Por isso, recomenda-se evitar o uso comum de objetos como lixas, biquínis e peças íntimas, por exemplo. "Não se deve compartilhar objetos pessoais. Os fungos resistem no ambiente por muito tempo e, se a pessoa tiver micose e você usar algo dela, pode se contaminar", adverte.

 3) Óleo de melaleuca mata os fungos


Mito: o óleo de melaleuca tem sido aplicado no tratamento de infecções por causa das suas propriedades anti-sépticas e pela sua capacidade de se misturar à secreção sebácea e penetrar na epiderme.

4) Existe mais de um tipo de micose


Verdade: o número de tipos de micose é proporcional ao número de fungos. Os dois tipos mais comuns são esses:

- A micose superficial mais comum é a frieira (tinea pedis), conhecida como "pé-de-atleta", que atinge a pele entre os dedos, geralmente a dos pés. Ela pode vir acompanhada de uma infecção bacteriana e, em alguns casos, a cura pode demorar vários meses.

- A Pitiríase versicolor: conhecida vulgarmente como pano branco, é uma micose superficial causada pela levedura P. ovale. 

5) Suco de limão acaba com as micoses


Mito: o suco de limão não tem ação alguma sobre a micose e, se manipulado para fins que não os indicados, pode causar danos graves a sua saúde. "O limão, por ser ácido, quando exposto à altas temperaturas pode causar manchas e, em casos mais graves, provocar queimaduras". 

 FONTES:
MD.Saúde: MICOSE DE UNHA | Onicomicose http://www.mdsaude.com/2012/11/micose-de-unha-onicomicose.html#ixzz2Qk08oSi7
http://www.minhavida.com.br/saude/materias/10835-conheca-4-verdades-e-5-mitos-sobre-micoses-de-unhas